terça-feira, 26 de janeiro de 2010

E, como não podia deixar de ser, mais uma asneirola...

  No último post, a última frase vem na sequência das citações da senhora, em que me disse que como não tinha levado uma muda de roupa, tinha deixado secar aquela e ia ao centro de saúde... E não quero pensar mais neste assunto... Ehehehe

Tem muita piada mas é quando não nos acontece a nós...

  Sei que não tenho propriamente aspecto de mulher madura, antes pelo contrário. Além de me atribuírem constantemente uma idade inferior à que tenho, e nem preciso de abrir a boca para isto suceder, sou pequenina, gorduchinha, irradio saúde, bem disposta e prática. Devo ter uma daquelas caras de netinha que todas as avós gostariam de ter e deduzo que seja por isto que se torna prática recorrente na minha vida as velhinhas entabularem conversa comigo do nada e desfiarem o seu rosário de maleitas em tudo quanto é sítio (em tudo quanto é sítio não são as maleitas -ainda há o mínimo de decoro!- mas sim o entabularem conversa!)... Ou no centro de saúde, ou nas filas de supermercado, ou nas paragens de autocarro e nos próprios autocarros... Aqui há dias, num destes autocarros, uma destas simpáticas senhoras sentou-se ao meu lado e, não faço ideia como, a conversa (ou melhor, monólogo, uma vez que me limito a assentir compreensivamente com a cabeça) desenvolveu-se para a história das infecções urinárias da dita senhora. E depois da descrição de todos os sintomas, e de como se manifestam, diz-me: "Ainda agora estava em casa de uma senhora e deu-me uma dor que nem tive tempo de ir à casa de banho e mijei-me toda pelas pernas abaixo!"(sic). Neste ponto a minha cabeça não assentiu e, apesar de me ter dado uma enorme vontade de rir, pensei que preferia não ouvir mais. Mas a senhora, como não lê pensamentos (espero eu!), continuou: "E e vou agora ao centro de saúde!". Nesta altura, mesmo tendo em conta a comicidade de tudo aquilo, a minha mente começou a divagar e a tentar abstrair-se de toda aquela situação. Inicialmente fiz uma nota mental para não me sentar, em futuras viagens, no lugar onde ia a senhora, nem que fosse o único lugar vago e tivesse vindo de correr a maratona! E, ao mesmo tempo não pude deixar de me sentir solidária com a senhora; isto porque, pronto, compreendo que há alturas em que estas coisas acontecem quando menos se espera... Sei lá! Às vezes as pessoas estão com a bexiga cheia, podem sonhar que estão a ir à casa de banho e depois só se apercebem quando sentem a perna quente e acordam... E depois têm de ir tomar banho às quatro horas da manhã e mudar de pijama... E secar o colchão com um secador e mudá-lo de lado... E depois aparece a nossa mãe que se ri à gargalhada quando sabe o que se passou e ainda acrescenta, com um tom zombeteiro, para não nos preocuparmos que no dia a seguir nos compra fraldas... É... Estas coisas têm todas muita piada quando não são connosco... Não que isto alguma vez se tenha passado comigo, claro! Nada disso... como não levava uma muda de roupa deixei secar esta

Isto há cada pergunta!

  Um dia destes fui às compras a uma grande superfície comercial. Uma vez que estava com fome dirigi-me ao balcão de uma conhecida marca de hamburgueres e, como sou uma pessoa nada curiosa e muito madura, pedi o menu que oferece um brinquedo. O empregado, no final da operação, informa-me: "Tem direito a um brinquedo." e questiona logo em seguida: "Quer levá-lo?". Pois claro que quero levá-lo! Qual é a piada de pedir o menu júnior se não pelo brinquedo?! Qalquer coisa, é para o meu sobrinho que ainda não nasceu e, pelo andar da carruagem, nem para tia vou ficar... Mas muito gostava eu de ter um sobrinho irlandês... (Percebeste miúda?!)

domingo, 17 de janeiro de 2010

Em vez de folhelho, alfazema!

  Em vez do folhelho enviaram-me de alfazema! Tendo a certeza de que não fora o que encomendara e gostando pouco que me atirem areia para os olhos, ainda para mais sem me consultarem, tentei ligar para o número de telefone do respectivo catálogo. Ninguém atendeu! Dei uma espreitadela à borrachinha de alfazema (cujo conteúdo são umas bolinhas rijas que têm uma textura parecida com milho) e li que tem um efeito calmante e relaxante. Pensei que valeria a pena experimentar e, se não gostasse, voltaria a ligar e pediria para trocar. Não haja dúvida que aquece bem os pés, exala um vapor com cheirinho, obviamente, de alfazema e adormeci facilmente, mas não posso confirmar se por cansaço de um dia normal de trabalho ou porque, efectivamente, a alfazema é relaxante... O que me preocupa é que, quando estava dentro do microondas a aquecer, soltou uns estoiros estranhos. Pensei onde é que já tinha ouvido estoiros semelhantes e cheguei à conclusão que não tarda faço pipocas de alfazema! Tenho que começar a ponderar já alternativas, não vá dar-se o caso de este método também não correr muito bem! O que me leva a deduzir que o mais provável é o problema estar não nos objectos em si, mas sim na minha capacidade, ou falta da mesma, para os manipular e na minha propensão para a trapalhice... E já que dizem que a alfazema tem efeitos calmantes e relaxantes, leva-me a questionar-me se não existirão injecções directas no cérebro de alfazema.. Se ainda não existirem, fui eu que inventei e aqui fica registado!!!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

  Em relação ao post anterior esqueci-me de referir a falta do "h" no à, mas fiquei tão extasiada com o resto...

Quem fez o cartaz foi, efectivamente, de uma perspicácia ímpar... Ainda bem que colou perto de cada termo um espécime de cada! Agora já sei que a Paulinha gosta muito é de tramoços e eu prefiro minuins! Até aqui não estava muito certa, nem dos nomes verdadeiros, nem da diferença entre eles... ou elas... sei lá eu o que passa pela cabeça do(a) autor(a) desta obra-prima! Eheheh


  Não ouvi o meu pai, não ouvi os vizinhos de cima a discutir, não ouvi a cadela dos vizinhos de cima a ladrar permanentemente, não ouvi as novelas a que a minha mãe costuma assistir...Não ouço música por razões simples. Quem está oito horas por dia com auriculares a ouvir pessoas a falar, muitas aos berros, e ruído ou barulho de fundo altamente irritante; tem um pai que, desde que se reformou, age como um miúdo hiperactivo e vizinhos que por vezes, muitas vezes aliás, parece que estão dispostos a deitar a casa abaixo, quer é chegar a casa, ou seja onde for, e estar em paz e sossego! Frequentemente, e digo-o com toda a certeza, gostava de experimentar a surdez. Tenho também a convicção de que, a sê-lo, só se fosse num estado temporário e em períodos à minha livre escolha. Recorri, por isso, a um artefacto que me deu imenso jeito mas que, como todos, têm as suas desvantagens: tampões para os ouvidos. Excelente! Não ouvi o meu pai, não ouvi os vizinhos de cima a discutir, não ouvi a cadela dos vizinhos de cima a ladrar permanentemente, não ouvi as novelas a que a minha mãe costuma assistir...Só ouvi os meus pensamentos e li os meus livros com a máxima concentração. Excelente mesmo! Em compensação também não ouvi o toque de mensagens no telemóvel, nem as chamadas, nem uma das minhas gatas a deitar o telefone ao chão, nem o carteiro a bater à porta... Enfim... Não há bela sem senão e parece que vou ter que voltar à estaca zero...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Três... Ou mais... Historietas...

 Antes de passar às historietas propriamente ditas, há dois esclarecimentos a apresentar e a pedido de várias famílias... Na realidade, foi só um membro de uma família... Mas a família é grande e desdobra-se em várias! No post em que refiro que voltando ao terramoto e passei eu o dia todo com  a neura, pretendia reduzir-me a uma patética condição de quem, efectivamente, não tem motivo para preocupações, ao contrário de quem passa por estas e outras catástrofes, sejam elas naturais ou não! Em segundo lugar, sou uma daquelas pessoas que até há bem pouco tempo odiava estas tecnologias e estava horas e horas a olhar para o teclado à procura das letras! Agora faço compras na Amazon.uk, aderi ao sistema mbnet e manipulo a minha conta bancária online, além de ter criado o blog, mal sabendo o que é um blog na teoria e muito menos na prática... Para quem está habituado isto não é nada; para mim são grandes conquistas e leva-me a pensar que afinal não estou assim tão ultrapassada, ou não sou mesmo ignorante de todo. Isto para referir que repeti o mesmo texto inicial, apesar de com algumas diferenças, porque não conseguia introduzir o primeiro no blog e pensei tê-lo apagado. Pelos vistos correu bem, não faço ideia como... Ehehehe Obrigada mais uma vez, querido, por estares sempre aqui para mim!


 Primeira historieta: Adoro o trabalho que faço nalguns dias, noutros gosto e noutros apenas suporto. Quando não se suporta tão bem, a amabilidade de algumas pessoas compensa a falta de compreensão por parte de outras... Se bem que, nalguns casos, dá que pensar, como a senhora que me desejou um ano de 1910 com tudo o que eu merecer! Não haja dúvidas que seria interessante assistir ao ano de 1910, quanto mais não fosse pelo marco da Implantação da República! Como é óbvio, há-de ter sido um lapso. A segunda parte da afirmação é que suscitou em mim um sentimento de suspeição sobre as boas intenções da dita senhora... Com tudo o que eu merecer? É dúbio... A senhora não me conhece de parte alguma... Tanto podia estar a querer desejar um ano com tudo de bom, como podia estar a querer insinuar que, se eu não valer grande coisa, bem que podia vir uma avalancha de porcaria e levar-me! Aqui está um óptimo exemplo de como se mata dois coelhos de uma cajadada só, muito subtilmente...


 Segunda historieta: Não consigo sobreviver sem os meus anti-ácidos; não revelo a marca uma vez que não me pagam para fazer publicidade. Sempre que vou às farmácias comprá-los (e faço-o frequentemente), sou bombardeada com questões sobre a saúde do meu estômago e as minhas idas ao médico, as endoscopias que nunca fiz e não vejo com bons olhos fazer, e recomendações para minorar o problema. Hoje ensaiei bem a resposta e, quando a farmacêutica me perguntou se é azia ou se dói, fiz um sorriso que pretendia soasse espontâneo e respondi: "Não é para mim, é para a minha mãe!". Não colou! Fui bombardeada pelas mesmas questões e recomendações, salvo que desta vez sobre o estômago da minha mãe! Ora bolas!

Nota 1: O excesso de zelo, nalgumas circunstâncias, ultrapassa o aborrecimento que é a falta dele!
Nota 2: Da próxima vez, tento convencer a minha mãe a ir ela própria à farmácia!


 Terceira historieta:  Sinto-me altamente desconfortável com os pés frios no Inverno, como que me regulam a temperatura do resto do corpo. Da "velha guarda" como sou, não abdico da minha borrachinha para aquecê-los. Muda apenas o conteúdo e cuja temperatura aquece efectivamente os pés. Das de água já desisti! De tantas que comprei rebentaram todas, e a minha sorte é que durmo sobre os flancos e não de barriga para cima ou para baixo, porque água a ferver não é brincadeira! A última era de gel. E digo era porque lhe aconteceu o mesmo que às de água e acordei com os pés e meias envoltos numa pasta estranha... Mas cheirava bem! Portanto, como o gel também não é a melhor opção, encomendei agora uma cujo conteúdo é folhelho de trigo. Folhelho, de acordo com o site de Fazamões, que é uma aldeia do concelho de Resende (convém sempre citar a fonte), é a cobertura que envolve a espiga. Segundo a minha mãe, é o que usavam em tempos idos para encher colchões. Estou ansiosa para experimentar, com a esperança de que corra melhor do que correu com as outras! E de não pegar fogo à cama! Já não digo nada...

Mente endiabrada

Este blog foi criado com o propósito de ocupar e concentrar uma mente numa só tarefa; uma mente que só funciona bem se estiver constantemente a divagar, a problematizar e fantasiar sobre a vida que tem, que teve e que gostava de ter, que vai ter amanhã e depois e a vida no Mundo. Podia ler, é verdade, mas gasto rios de dinheiro em livros e estamos em tempo de vacas magras!; podia fazer puzzles, mas a minha irmã ainda não me mandou o porta-puzzles e ter um puzzle ao "Deus dará" cá em casa com quatro gatos que só fazem asneiras não é muito boa ideia!; podia ir passear mas passear sózinha não dá gozo e o meu Jorge anda ocupado com exames e trabalhos e mais exames (que saudadinhas das nossas passeatas Papá!)! Podia ir à curva fumar umas cigarradas, mas a curva só é bem apreciada na companhia da minha mana, da Paulinha e da Joaninha! Etc, etc!
Pensando bem, isto não vai manter a minha mente ocupada numa só tarefa! Vai, antes pelo contrário, mantê-la dispersa e a saltitar com mais uma distracção! Raio de mente!
E enquanto escrevo e apago e volto a escrever e a apagar, dão notícias de um terramoto no Haiti... Não querendo, como é óbvio, mostrar falta de sensibilidade, e lamentando a situação de quem está a passar pelas consequências, possivelmente neste momento também precisava de um terramoto na minha vida... Aí sim, talvez a minha mente se deixasse de tretas e se concentrasse mesmo numa só tarefa: correr sem parar! Ou tentar sair debaixo dos escombros! Ou se tivesse sorte, ajudar quem foi apanhado pelo meio! Ou então um terramoto não ia adiantar nada, porque lá está a minha mente outra vez a pregar partidas e a inventar!
Bem, voltando ao terramoto... E eu que passei o dia todo com a neura...

Voltando ao terramoto... E eu que passei o dia inteiro com a neura... Tss tss tss...

Mente endiabrada

 Este blog foi criado com o intuito de manter uma mente turbulenta ocupada e concentrada com uma só tarefa; mente esta que não se sente segura e no pleno uso de todas as suas capacidades se não estiver constantemente a divagar e saltitar entre as diversas facetas da vida: a que teve, a que tem, a que vai ter e a vida que o Mundo tem e que ela gostava que tivesse. Podia ocupá-la a ler, é verdade, mas devoro livros e o tempo é de vacas magras! Podia fazer puzzles, mas a minha mana ainda não me mandou o porta-puzzles que prometeu, e deixar um puzzle ao "Deus dará" numa casa onde vivem quatro gatos mais endiabrados que a minha mente não é muito boa ideia! Podia passear pela cidade, mas as passeatas só fazem sentido quando partilhadas com o meu Jorge que, neste momento, anda ocupado com exames, trabalhos e mais exames (que saudadinhas papá!)! Podia ir fumar umas cigarradas na curva, mas a curva só tem encanto se na companhia da minha mana, Joaninha e Paulinha e elas estão longe! Etc,etc... Humpf!!!
 Pensando bem, um blog não terá sido muito boa ideia... Só vai ajudar a ter mais opções à minha disposição e a desdobrar a minha mente em mais uma distracção! Até agora não sabia se havia de ler, de fazer puzzles, de passear, de fazer zap à caça de séries sangrentas e acabava por fazer tudo ao mesmo tempo! Agora que me meti nesta enrascada vou ficar à toa sem saber se faça tudo o que fazia antes ou ir ao blog e vou acabar por fazer tudo ao mesmo tempo novamente! Raio de mente!
 Enquanto escrevo e apago e escrevo e volto a apagar, vejo notícias de um terramoto no Haiti. Não querendo mostrar pouca sensibilidade ao sofrimento alheio, o qual não consigo sequer imaginar e que lamento, assim como me condoo com qualquer tipo de sofrimento, penso que possivelmente precisava de um terramoto na minha vida. Ao menos obrigar-me-ia a concentrar num só estado e numa só tarefa, quanto mais não seja temporariamente e se sobrevivesse... Correr sem parar! Ou libertar-me dos escombros! Ou, se tivesse mais sorte do que quem fosse apanhado no meio, ajudar no que pudesse! Ou tentar contactar imediatamente com o Jorge, desse lá por onde por onde desse! Pensando bem, um terramoto também não ia resultar... Lá está a minha mente a inventar... Oh, raio de mente!